Veja principais riscos do Tesouro Direto com nova guerra comercial

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Imagem: Shutterstock

O Tesouro Direto, considerado o investimento mais seguro do Brasil, também enfrenta riscos, principalmente no atual cenário de volatilidade e incertezas globais, como a guerra comercial.

O ambiente macroeconômico desafiador aumenta os riscos para quem investe em títulos públicos, principalmente para quem tem estratégias de longo prazo ou especulação.

Volatilidade e risco de perdas temporárias

Com o dólar rondando os R$ 6 e a guerra comercial em andamento, a volatilidade nos preços dos títulos do Tesouro Direto tende a aumentar. 

De acordo com Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, isso pode gerar perdas temporárias, especialmente para investidores que precisam vender antes do vencimento. 

A volatilidade é uma preocupação maior em momentos de instabilidade econômica.

Especulação e perdas com a curva de juros

A especulação com títulos públicos, que pode ser uma estratégia arriscada, se torna ainda mais arriscada em um cenário de alta volatilidade. 

A expectativa de queda nas taxas de juros pode gerar lucro, mas a possibilidade de uma reversão nas taxas pode gerar perdas significativas, especialmente em títulos de longo prazo.

Riscos para os investimentos de longo prazo

Os títulos de longo prazo, como o Tesouro IPCA+ 2045, são mais sensíveis às oscilações das taxas de juros e podem sofrer grandes variações de preço. 

A previsibilidade da economia para os próximos 20 ou 30 anos é incerta, o que torna esse tipo de investimento mais arriscado em um cenário volátil.

Surto inflacionário e corrosão do poder de compra

Outro risco importante é o aumento da inflação, que pode corroer o retorno real dos títulos prefixados. 

Se a inflação ultrapassar a taxa prometida pelos títulos, o investidor terá perdas no poder de compra, diminuindo o valor real do investimento.

Calote no Tesouro Direto?

Embora seja um risco remoto, a saúde fiscal do governo brasileiro é um fator de preocupação crescente. 

Se o governo não conseguir ajustar suas contas, há uma possibilidade, embora pequena, de calote nos pagamentos dos títulos do Tesouro Direto, representando um risco para os investidores de longo prazo.

Conclusão

Apesar de ser um dos investimentos mais seguros do Brasil, o Tesouro Direto enfrenta desafios em tempos de incerteza econômica e guerra comercial. 

A volatilidade do mercado, o risco de especulação, a possibilidade de um surto inflacionário e a saúde fiscal do governo brasileiro são fatores importantes a serem considerados pelos investidores ao planejar suas alocações.

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