Dólar continua em queda enquanto Selic não chega a 15%? Veja previsões diante do “tarifaço”

selic
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Com o cenário global impactado pela imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos e pela crescente incerteza fiscal no Brasil, as principais gestoras de investimentos ajustaram suas estratégias, projetando um real mais valorizado e uma alta menos agressiva da Selic.

Expectativas para a Selic em 2025

A previsão de muitas casas de análise é que o Banco Central brasileiro não deve aumentar a Selic para os níveis de 15%, como o mercado anteriormente antecipava. 

Gestoras como Ibiúna, Legacy e Adam Capital acreditam que o Banco Central adotará uma postura mais cautelosa, levando em consideração o dilema entre combater a inflação e os efeitos da rolagem da dívida pública. 

O impacto do “tarifaço” de Trump, com o enfraquecimento dos preços das commodities, também pode aliviar a pressão sobre o câmbio, ajudando a reduzir a necessidade de ajustes tão agressivos nos juros.

Valorização do real e estratégias de câmbio

Apesar da saída líquida de US$ 7,5 bilhões do mercado de câmbio à vista, o real teve um bom desempenho em março, valorizando-se 4,7% em relação a outras moedas globais. 

A redução nas posições compradas em dólar reflete a visão das gestoras de que o impacto do choque tarifário dos EUA será desinflacionário para o Brasil, com menos pressão sobre o câmbio local.

Posturas defensivas e táticas nos juros locais

A Legacy, por exemplo, manteve suas posições vendidas em dólar, apostando na valorização das moedas emergentes, enquanto também acredita que o BC pode interromper o ciclo de alta da Selic, apesar da inflação elevada. 

A Vinland também se manteve cautelosa com a política tarifária dos EUA, mantendo uma postura defensiva nos juros locais e monitorando as oportunidades táticas com a volatilidade do mercado.

Conclusão

Enquanto o dólar continua sua queda e as tarifas comerciais de Trump impactam os mercados globais, as previsões para a Selic em 2025 estão sendo ajustadas, com um cenário menos agressivo de altas. 

O real se beneficia dessa dinâmica, e as gestoras ajustam suas estratégias para maximizar o retorno no Brasil, mantendo uma postura de cautela diante das incertezas globais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima