Nesta sexta-feira (14), o Ibovespa disparou, fechando com alta de 2,64% e atingindo 128.957 pontos, enquanto o dólar recuou para R$ 5,74.
Esses movimentos refletem a influência positiva dos avanços em commodities e dos resultados corporativos, mesmo em meio a incertezas externas.
Cenário internacional
Globalmente, a correção do dólar no Brasil acompanha a queda da moeda americana frente a divisas emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.
Durante o pregão, os preços do petróleo se elevaram, favorecendo os países exportadores da commodity.
No contexto geopolítico, o presidente russo, Vladimir Putin, manifestou apoio a um cessar-fogo de 30 dias na guerra da Ucrânia, ainda que com ressalvas sobre as causas do conflito.
Ao mesmo tempo, o ambiente de incerteza foi acentuado pelas medidas tarifárias de Donald Trump, que, após ameaças de aumentar tarifas, ajustou sua posição em resposta às negociações com o Canadá e à reação dos mercados internacionais.
Essas incertezas comerciais, junto com o debate sobre os futuros ajustes da política monetária nos EUA, pesam sobre o cenário global.
Cenário doméstico
No Brasil, o mercado doméstico também apresenta sinais de estabilidade.
O Ibovespa, refletindo o otimismo dos investidores, encerrou o dia com ganhos e acumulou alta de 3,14% na semana.
Em contrapartida, o dólar, que havia subido 1% na véspera, corrigiu-se e fechou com uma queda de 0,90% no dia, alinhado à tendência global.
Dados do IBGE indicam que as vendas varejistas caíram pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, ainda que levemente acima das expectativas, e os preços ao produtor desaceleraram para um aumento de 0,13% – o menor patamar em um ano.
Marcio Riauba, chefe da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio, observou que essa combinação, especialmente em um dia com poucos compromissos, reflete maior demanda por ativos de risco e o alívio no risco de paralisação do governo nos EUA.
Conclusão
O equilíbrio entre os movimentos globais e as condições internas demonstra que, apesar das incertezas internacionais – impulsionadas por políticas tarifárias e debates sobre a economia americana – o mercado brasileiro está encontrando estabilidade.
O avanço do Ibovespa e a queda do dólar indicam um cenário promissor, onde os ganhos das commodities e a desaceleração de preços ao produtor ajudam a manter o real fortalecido, mesmo diante dos desafios globais.