
O recente anúncio de Donald Trump, em que o presidente dos EUA recuou em sua política de tarifas comerciais e limitou as tarifas recíprocas a 10% por um prazo de 90 dias, trouxe incertezas adicionais para o Brasil.
Em entrevistas à CNN, os ex-secretários de Comércio Exterior do Brasil, Lucas Ferraz e Welber Barral, apontaram que essa decisão agrava ainda mais a situação do país no contexto da economia global.
Mudança nas tarifas impacta o Brasil
Inicialmente, o Brasil estava em uma posição mais favorável, com tarifas de 10% em comparação com outros países, que enfrentavam taxas mais elevadas.
A expectativa era de que o Brasil pudesse ganhar vantagem, especialmente em setores como vestuário, couros, eletroeletrônicos, madeira, máquinas e equipamentos.
No entanto, com a decisão de Trump de limitar as tarifas a 10% para todos os países, exceto a China, essa vantagem foi neutralizada.
Perda de competitividade no comércio global
De acordo com Lucas Ferraz, a limitação das tarifas vai prejudicar o Brasil, já que a vantagem comparativa desaparece.
A expectativa era de que o Brasil ganhasse espaço em mercados como o de vestuário, com tarifas muito mais altas aplicadas a países como o Vietnã.
Agora, o risco é de que os EUA negociem com outros mercados e ocupem espaço do Brasil em setores importantes, como os produtos agrícolas na Europa, por exemplo.
O impacto do recuo de Trump no comércio global
Apesar de ser uma situação negativa para o Brasil, o recuo de Trump é visto por alguns analistas como uma possível sinalização de que a guerra comercial entre os EUA e outros países pode estar diminuindo, o que pode trazer algum alívio para o comércio global como um todo.
Conclusão
O recuo de Donald Trump nas tarifas comerciais representa um revés para o Brasil, que perde a vantagem que possuía sobre outros mercados.
Embora isso possa abrir espaço para negociações com outros países, o impacto imediato é uma maior concorrência no comércio global e uma perda de espaço para produtos brasileiros em mercados chave.