O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) uma tarifa de 10% sobre todas as importações do Brasil, como parte de uma série de medidas para aplicar tarifas recíprocas aos países que taxam produtos norte-americanos.
A decisão está no centro de um movimento maior para ajustar as relações comerciais dos EUA com outros países e foi detalhada como parte de um decreto que entrará em vigor em 5 de abril.
Tarifas recíprocas para outros países
As tarifas recíprocas, que podem variar, serão aplicadas de forma diferenciada dependendo da situação comercial de cada país com os EUA.
Para países com déficits comerciais significativos com os Estados Unidos, as taxas serão mais altas e impostas a partir de 9 de abril.
Trump afirmou que essas tarifas visam garantir que as nações paguem “pelo privilégio de acessar o maior mercado do mundo”, como ele mesmo definiu.
Exemplos de tarifas e críticas
Trump também indicou as taxas que serão aplicadas a outros países, com destaque para a China, a quem será cobrada uma tarifa de 34% após um desconto de 33%, devido à manipulação cambial e barreiras comerciais.
Ele também mencionou a União Europeia, que será taxada com 20%, em contraste com as tarifas mais altas que os EUA enfrentam no bloco.
O presidente norte-americano afirmou ainda que, caso os países não queiram ser taxados, devem transferir suas fábricas para os EUA, ressaltando que as tarifas não só protegeriam os EUA, mas também impulsionariam o crescimento econômico.
O impacto global e a reação do Brasil
O impacto dessas tarifas já está sendo discutido no Brasil, onde o Senado aprovou, em regime de urgência, um projeto de lei que autoriza o governo a retaliar países ou blocos que impuserem barreiras comerciais a produtos brasileiros.
A aprovação do projeto ocorreu após Trump citar o Brasil como exemplo de país que deve ser taxado, uma medida que gerou apreensão no comércio entre as duas nações.
Conclusão
A imposição de tarifas de 10% sobre os produtos brasileiros é uma manobra significativa nas relações comerciais entre os EUA e o Brasil, com implicações econômicas para ambos os países.
A medida faz parte de uma estratégia mais ampla de Trump para reverter o comércio desequilibrado com outros países e pode gerar tensões, especialmente com nações que dependem da exportação para o mercado norte-americano.