
O acordo entre o Mercosul e a União Europeia, embora importante, oferece benefícios limitados ao bloco sul-americano, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Durante um evento do Instituto de Estudos Políticos de Paris, Haddad destacou que o valor do acordo é mais político do que econômico, argumentando que a ratificação do pacto não trará grandes vantagens imediatas para o Mercosul.
Acordo e o contexto político global
Haddad enfatizou que o acordo pode representar uma alternativa em um cenário mundial cada vez mais polarizado, sugerindo que a união entre os blocos é uma forma de enfrentar a crescente fragmentação econômica global.
No entanto, ele argumentou que os europeus deveriam ver o acordo também de uma perspectiva política, e não apenas econômica.
Implicações para o Mercosul
Apesar da importância do acordo, Haddad parece acreditar que as expectativas em relação aos benefícios econômicos diretos para o Mercosul são superestimadas.
O ministro indicou que o Mercosul deve focar mais na construção de alianças políticas e no fortalecimento das relações internacionais, em vez de esperar ganhos econômicos significativos do acordo.
Conclusão
O acordo com a União Europeia pode ser mais simbólico do que econômico para o Mercosul, com foco na construção de uma nova dinâmica política global.
O valor desse pacto será, portanto, amplamente interpretado nas suas implicações para o equilíbrio político internacional, mais do que nas vantagens econômicas imediatas.