
As relações entre Brasil e Estados Unidos atravessam um dos momentos mais tensos das últimas décadas, segundo Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).
Durante o Smart City Expo, em Curitiba, ele analisou as diferenças políticas entre os dois países e a falta de pontes entre as administrações de Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva.
O impacto das políticas de Trump
O impacto das tarifas recíprocas, especialmente com a taxação sobre o aço e outros produtos brasileiros, pode prejudicar a economia nacional.
Troyjo destacou que a medida afetaria setores como o de açúcar e etanol, onde o Brasil tem vantagens competitivas, mas outras áreas também podem ser impactadas devido à forma como as tarifas serão aplicadas.
Desafios para o BRICS
O ex-presidente do NDB também expressou preocupação com o futuro do BRICS após a adesão de novos membros como Irã e Etiópia.
Ele afirmou que o bloco pode perder a capacidade de gerar consensos e se tornar apenas um fórum político sem avanços concretos.
Estratégias para melhorar as relações
No cenário atual, Troyjo sugere que o governo brasileiro foque em alianças com os compradores norte-americanos, que têm maior influência sobre as políticas comerciais do país.
Ele acredita que, devido às políticas isolacionistas de Trump, essas alianças podem ser a chave para amenizar os impactos negativos.
O futuro das relações Brasil-Venezuela e BRICS
Troyjo também comentou sobre as relações Brasil-Venezuela e os possíveis impactos das medidas de Trump sobre o comércio de petróleo.
Além disso, ele analisou a expansão do BRICS, destacando que a inclusão de países com baixa renda per capita e altamente sancionados pode enfraquecer o grupo.
Conclusão
A distância crescente entre Brasil e Estados Unidos exige que o Brasil adote uma estratégia mais pragmática e busque alianças com o setor privado americano.
A expansão do BRICS, embora apresente novos desafios, também pode oferecer oportunidades, se bem gerida.
O Brasil precisa focar em suas vantagens comparativas e ajustar suas políticas para lidar com a crescente incerteza nas relações internacionais.